Na 3ª feira, 20 de outubro, na tribuna da Câmara Municipal o vereador Capitão Martins enfocou a situação de truculência denunciada pelos feirantes estabelecidos no pátio lateral do empreendimento Feira Center, quando lá esteve com sua esposa Margareth Rose fazendo compras. Dentre várias ponderações, o vereador Martins enfatizou o seguinte: “Nós vereadores incentivamos o Prefeito Roberto Pessoa a trazer essa feirinha para cá. O povo está comprando, a feira vem fazendo sucesso, só está faltando mais divulgação e atrações. Essa feira em Maracanaú não mais se acaba, instale-se onde instalar. Por outro lado, nós fomos responsáveis por trazê-los e somos mais responsáveis por mantê-los aqui. Isso é incondicional!”
O vereador Demi Peixoto assumiu o exercício da presidência e solicitando aparte informou que a saída do Presidente Chico Barbeiro foi para atender em seu gabinete uma Comissão de Feirantes que acabara de chegar, expondo então sua propositura: que se ouçam todos os trabalhadores afetados.
A vereadora Tia Rita aparteando o vereador Martins salientou que, para se chegar ao denominador comum não se pode deixar de ouvir também o outro lado, prognosticando que o Capitão Martins terá o apoio de todos os vereadores nessa causa.
O vereador Wilson Betel asseverou que esse impasse entre o Feira Center e a Associação dos Feirantes é constrangedor e prejudicial a todos que acreditaram no sucesso desse projeto que até agora tem dado certo, principalmente aos feirantes com suas barracas de atração popular e a coletividade bastante acessível aos produtos e bons preços oferecidos.
O vereador Lucinildo Brito disse que a Feira da Sé em Maracanaú vem dando certo nesses quatro meses e tende a melhorar, porquanto o Feira Center esse sim, infelizmente não emplacou. Quanto aos feirantes vindos de Fortaleza, compraram barracas e se dedicam em fortalecer seu novo espaço, não é justo serem tirados por quaisquer motivos que não do próprio interesse
O vereador Raimundinho Travassos, regimentalista confesso, evocou a soberania do Plenário para um interstício de ½ hora para um aprofundamento na questão dos feirantes e, passado esse prazo a Sessão foi reaberta com o Capitão Martins reassumindo a tribuna para a conclusão do respectivo tema que suscitou novo rumo, pois, ficou caracterizado que as barracas dos feirantes estavam sendo transferidas arbitrariamente para outro setor por seguranças do Feira Center, cumprindo a ordem de dissimulado despejo gradativo, porquanto já teriam enfraquecido a categoria com simulada rejeição por presumida inadimplência coletiva e acusações levianas de improbidade dirigidas ao Presidente da respectiva Associação.
Passadas as sessões ordinária e extraordinárias; por aquiescência de todos os vereadores a Câmara foi tomada por uma manifestação pacífica que se anunciou por fogos de artifício, portando faixas e cartazes, composta de mais de uma centena de feirantes em busca de seus direitos.
Da grande plenária formada foram ouvidos oito feirantes indicados aleatoriamente, que expuseram a própria perseguição sofrida (parecida e injustificada como a dos demais), clamaram por seus espaços e barracas e isentaram o presidente da A. F. S. das acusações caluniosas recebidas, por liderar de fato o movimento de defesa da categoria perseguida.
Todos os vereadores presentes se manifestaram porquanto destacamos também os seguintes: Aline do Hospital, Macedo Marques, Jorge Antonio, Ítalo Camurça, Dr. Patriarca e Chico Barbeiro que admitiram a vergonhosa perseguição imposta aos feirantes pela representação do Feira Center, sendo tomados de uma indignação generalizada que contagiou a imprensa, assessores, funcionários diversos e a todos indistintamente que se somaram à “pass./carreata” e dirigiram-se ao Feira Center para dar um basta nesse desrespeito.
Como o portão foi fechado para impedir a entrada dos manifestantes, os vereadores ficaram aguardando o retorno do colega Raimundinho que fora ao Ministério Público, enquanto viam-se algumas barracas sendo removidas, mesmo diante da presença dos feirantes em frente ao portão.
Quando, por volta das 15 horas o Juiz Dr. Porto chegou com a liminar para a entrada geral no recinto a metade dos manifestantes já se encontrava no pátio interno. A partir daí as barracas escondidas passaram a ser resgatadas e os feirantes retornaram ao trabalho, acompanhados de perto pelos radiantes vereadores e vereadoras.
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